Ana Flávia Lage

Psicóloga Cognitivo Comportamental
CRP 05/46192

Sobre Mim

Sou antes de tudo alguém que crê em Deus e que busca pautar a vida a partir dos princípios cristãos. A psicologia surgiu na minha vida como uma ferramenta que visa cooperar para uma melhor compreensão do ser humano e ajudá-lo em seu processo de crescimento.

Tenho uma visão do meu trabalho como uma missão; e em todos os meus anos de formada contribuí com a igreja local em aconselhamento, discipulado, palestras e aulas em seminários teológicos, além de, mais recentemente, trabalhar em escolas com capelania.

Entendo também que Deus estabeleceu, através do modelo da Trindade, a ideia de uma vida pautada em relacionamento e unidade. Pra mim atuar na psicologia é não perder esse conceito de vista. A terapia é um relacionamento, não como qualquer outro, mas é um relacionamento porque promove tudo aquilo que os relacionamentos deveriam promover: amor, aceitação, cura, consolo e crescimento.

Meu desejo na clínica ou em qualquer modelo de atuação em que eu possa compartilhar a mim mesma e meus conhecimentos, é dividir um coração respeitoso, sabedor das minhas potencialidades e limitações, mas profundamente envolvido no crescimento humano.

Sou formada em Psicologia pela UFF há quase 25 anos, com pós-graduação em Terapia Cognitivo Comportamental pela PUCPR.

Sou casada e mãe de duas preciosidades. ❤️

Todo Santo Dia

A ideia por trás desse nome surgiu a partir de um certo incômodo que tem ocorrido dentro de mim.

Um pouquinho de contexto para explicar …

A história da humanidade é dividida em cinco períodos: Pré-história, Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna. Estamos em um momento histórico posterior à modernidade chamado Pós-modernidade. Em suas diferentes fases históricas a humanidade passou por momentos diversos, tanto no que diz respeito à religiosidade e misticismo, para um foco maior nos atributos do homem, na ciência ou na tecnologia. A Pós-modernidade é um conceito amplo e sujeito há muitas discussões a respeito da sua pertinência, mas no meu ponto de vista esse momento expressa ideias muito peculiares de fato e há algo sobre esse período que vivemos que quero chamar a atenção. É um período em que a ideia de verdade, da razão, da moral está bastante confusa e difusa. Por falta de teorias e explicações, grandes ideias acabaram se tornando como um conjunto de meras especulações. Isso pode ser exemplificado como a total falência das ideias tidas como certas e verdadeiras pelos pensadores modernos, que buscaram nelas, a explicação para as grandes questões da humanidade. Nós sentimos isso no nosso dia a dia quando percebemos a sociedade sem direção, sem certezas, relativizando conceitos do que é certo, errado, nobre, justo, anteriormente muito claros e até óbvios. E, diante desse quadro, existe um grande vácuo e uma dificuldade de apego (tanto ideológico como pessoal) por algo em que se apoiar. A minha percepção é que nessa falta de apoio estão mergulhadas as depressões, ansiedades, somatizações e suicídios.

E por que é importante falar sobre isso como introdução e nesse momento?

Porque se queremos entender a nós mesmos e nossas questões, precisamos entender um pouco o mundo em que vivemos. Precisamos entender que temos alma, temos espírito, mas somos seres históricos, marcados pela história e influenciados por ela. Não somos influenciados pela mídia, somos influenciados pela história, pelo tempo presente, e a mídia é apenas um componente dessa influência.

Essa dificuldade em se estabelecer valores morais e éticos geram alguns efeitos em nós. Quero destacar dois deles:

  • uma volta às soluções instantâneas e imediatas

  • uma tendência a focar nos extremos.

Digo volta porque esse comportamento não é exclusivo do nosso tempo. A história é cíclica. Se não existe norte, a tendência é se agarrar a qualquer coisa, de preferência algo intenso e/ou instantâneo.

Para não cairmos totalmente na rede do pós moderno, precisamos ter uma boa capacidade de reflexão e buscar soluções para as nossas questões em direções realistas e que tragam sentido para a nossa existência

A minha intenção em nomear meu site como “Todo Santo Dia” é de trazer uma compreensão da importância da continuidade e perseverança nas realizações que pretendemos ter e das soluções às vezes pontuais, mas sempre constantes que temos que tomar e que exigem muita disposição e empenho. Não são mágicas, nem imediatas ou tampouco devem pender para os extremos.

Existem muitas escolhas que fazemos que, a partir delas, teremos que abandonar uma série de outras. Tentar buscar um equilíbrio entre a busca por desempenho para o “ontem” e uma vida calmamente produtiva é um grande desafio. Muito tem se falado por busca de propósitos para se viver, mas tenho a impressão que para a grande maioria esse “propósito” escapa por entre os dedos.

O equilíbrio o tempo todo é uma utopia do qual temos que nos desvencilhar. O que não podemos é pender para extremos, mas buscar com tranquilidade e planejamento levar a vida com as inúmeras demandas que temos. Muitas vezes essa balança vai estar pendendo mais para um lado, de modo que devemos buscar estar atentos à vida que nos cerca, mas de uma maneira paciente.

Embora a nossa sociedade esteja sem referências, perdida em meio a tanto medo de anunciar verdades, com tanta dificuldade de encontrar caminhos, ansiando por soluções imediatas e rasas, essa realidade não pode nos impedir de buscar esse caminho.

Sou cristã e terapeuta cognitivo comportamental. Ainda que ambas as instituições ofereçam saída para diversos males emocionais, nenhuma delas assegura um caminho fácil e sem comprometimento.

A Bíblia enfatiza a dificuldade em seguir o caminho, assegurando que este é estreito e apertado e a TCC enfatiza a constante atenção ao que pensamos e sentimos, entendendo que um comportamento só pode ser alterado mediante dedicação e disposição de questionar os pensamentos (as distorções cognitivas) e modificá-los.

Em todo trabalho, seja varrer um cômodo adequadamente até planejar algo complexo como um foguete, por exemplo, o planejamento eficaz, a ação e a manutenção da ação serão necessárias. Todo santo dia precisamos cuidar do “nosso jardim”, seja ele nossa casa, empresa, casamento, nosso corpo ou o nosso jardim real.

Esse cuidado pode ser aprendido e melhorado. Nisso há saída e o meu empenho é ajudar as pessoas nesse desenvolvimento.

Os desafios que nos são impostos são muitos, mas não podemos fugir deles, não podemos fugir dos nossos processos.